Regulamento, adversários, equipes rivais: nada é capaz de bater Jonathan Rea, que conquista o tetra em 2018

domingo, 23 de outubro de 2022

Regulamento, adversários, equipes rivais: nada é capaz de bater Jonathan Rea, que conquista o tetra em 2018

VISITE O SITE CARPOINT NEWS: www.carpointnews.com.br

Se nos anos anteriores, pilotos e equipes adversários não conseguiram frear o domínio de Jonathan Rea e da Kawasaki Racing Team no Mundial de Superbike, em 2018 a organização do campeonato interveio e apresentou um novo regulamento para tentar tornar a competição mais disputada. Mesmo com uma série de novas regras que privilegiavam os times menores, o resultado desta ação não teve o impacto esperado e o piloto norte-irlandês conquistou o tetracampeonato após realizar uma temporada incrível no comando de sua Ninja ZX-10RR de numeral #1.

A temporada 2018 do Mundial de Superbike foi marcada por uma série de novos recordes de Jonathan Rea. Além de ser o primeiro e único competidor a conquistar quatro títulos consecutivos, o piloto da Kawasaki Racing Team alcançou a marca de 60 vitórias no Mundial e fez história ao se igualar a Carl Fogarty em número de títulos conquistados [marca que foi superada nos anos seguintes com a conquista do pentacampeonato em 2019 e do hexacampeonato em 2020].

Pela primeira vez alcançando 17 vitórias em uma única temporada, Jonathan Rea sagrou-se novamente campeão durante a Rodada da França. Com a pista seca e largando da segunda marca, logo atrás de Tom Sykes, Rea rapidamente tomou a dianteira na ‘Curva 3’ da segunda volta e protagonizou uma bela disputa com seu companheiro de equipe. O resultado não poderia ser melhor para a fabricante japonesa: dobradinha da Kawasaki no pódio, com Rea conquistando a vitória e o título do Mundial no Circuito Nevers Magny Cours.

“Eu estava ciente da multidão e do que estava prestes a alcançar. Então naquela última volta pensei em vencer o campeonato”, resumiu Rea, logo após o término da prova.

“É absolutamente incrível ganhar o quarto título. Às vezes, mesmo depois de vencer campeonatos consecutivos, ou três seguidos, tenho que dizer que é difícil encontrar palavras para falar sobre o que você acabou de fazer. Embora eu sempre tenha sonhado estar nessa posição, nunca pensei que isso fosse se tornar uma realidade”, disse Rea. E completou:

“Eu era apenas um jovem da Irlanda do Norte com um sonho e agora sou quatro vezes campeão mundial. Isso está além dos meus sonhos mais loucos. Obrigado a todos por acreditarem em mim ao longo dos anos. Eu não poderia ter feito isso sem vocês”, concluiu Rea.

Os números da temporada 2018 revelam um crescimento da Kawasaki no Mundial de Superbike e a consolidação de Jonathan Rea como o maior campeão de todos os tempos. O piloto britânico somou 545 pontos e garantiu o título com quatro corridas de antecedência. Presente no pódio em todas as rodadas, Rea somou 17 vitórias, quatro segundos lugares e um terceiro lugar. Além disso, cravou duas poles e 14 voltas mais rápidas.

Nem mesmo as mudanças no regulamento da competição foram capazes de impactar o resultado deste cartel impressionante. Para tentar reduzir as diferenças entre as equipes, tornar a disputa mais acirrada e conferir maior emoção, o Mundial de Superbike revisou sua regulamentação e adicionou três novas regras técnicas. A partir deste momento, a organização poderia ‘limitar a rotação dos motores’ das equipes com melhor desempenho com a finalidade de reduzir a diferença para os times mais fracos. Além disso, o campeonato implantou um ‘sistema de pontos de concessão’, que conferia às equipes com pior desempenho a possibilidade de introduzir novas peças e atualizações no motor ao longo da temporada. Por fim, instaurou um ‘teto de gastos’ para limitar os custos e garantir que todas as equipes tivessem acesso às mesmas peças.

Apesar disso, as mudanças instauradas pela organização não foram capazes de reduzir a vantagem de Jonathan Rea na temporada. Após iniciar o ano com uma 5ª colocação em Phillip Island, o norte-irlandês iniciou uma série de vitórias consecutivas nos circuitos de Buriram, Aragon, Assen e Imola. Em Donington Park, pela 6ª rodada, não conseguiu superar Michael van der Mark, e ficou com uma segunda e uma terceira colocações nas duas corridas. Logo em seguida iniciou uma incrível sequência de vitórias, passando pelos circuitos de Brno, Laguna Seca, Misano, Portimão, Magny Cours, San Juan Villicum, até encerrar o ano vencendo em Losail, no Qatar.