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Diante das frequentes mudanças no preço dos combustíveis, os consumidores têm dúvida de qual é a melhor opção pensando na redução de custos, gasolina ou etanol. De acordo com o professor de Engenharia Mecânica da FEI (Fundação Educacional Inaciana), Silvio Shizuo, a variação dos preços da gasolina depende de fatores globais, como o preço do barril de petróleo no mercado internacional, além de questões políticas que afetam a produção e o comércio. No entanto, ele observa que o aumento da produção nacional tem contribuído para tornar a gasolina mais competitiva em relação ao etanol. Segundo ele, "O preço da gasolina depende de uma série de fatores externos, o que pode torná-la mais ou menos vantajosa em relação ao etanol".
O professor Silvio ainda comenta que a escolha entre os combustíveis pode variar de acordo com as características de cada veículo, como sistema de injeção de combustível e taxa de compressão do motor. Tecnologias mais recentes têm tornado o etanol mais viável em diferentes condições, mas ainda há desafios a serem superados, como a variabilidade de preços entre estados e a necessidade de políticas públicas mais eficazes. Para o professor de Engenharia Mecânica da FEI, é importante considerar as características do seu veículo ao decidir entre gasolina e etanol, pois cada motor pode responder de maneira diferente a esses combustíveis, influenciando na eficiência e no desempenho.
O professor Rodrigo Condotta, de Engenharia Química da FEI, destaca que o etanol é considerado mais vantajoso quando seu preço está até 70% do valor da gasolina. Isso se deve aos poderes caloríficos dos combustíveis e às diferenças de densidade. O professor afirma: "O etanol confere maior eficiência energética aos motores e polui menos, sendo uma opção mais sustentável, especialmente quando seu preço está abaixo do valor da gasolina. Enquanto a gasolina é um grande emissor de gases poluentes, o etanol é renovável e emite menos CO2, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa”.
A gasolina, derivada do petróleo, é reconhecida por sua combustão estável. Essa característica se traduz em um funcionamento mais suave do motor, especialmente em situações que demandam maior potência, como acelerações e subidas íngremes. Além disso, a gasolina geralmente oferece uma maior autonomia por tanque, ideal para viagens mais longas.
Por outro lado, o etanol, produzido a partir de fontes vegetais, como a cana-de-açúcar, possui um poder calorífico ligeiramente inferior ao da gasolina. Isso pode resultar em um desempenho um pouco mais fraco, especialmente em motores não otimizados para seu uso exclusivo. No entanto, com o avanço da tecnologia e o desenvolvimento de motores flex, essa diferença tem diminuído.
É crucial notar que o desempenho do veículo não é determinado apenas pelo tipo de combustível utilizado. Fatores como a condição do motor, o sistema de injeção de combustível e até mesmo as condições climáticas desempenham um papel importante. Portanto, ao escolher entre gasolina e etanol, é essencial considerar não apenas o aspecto financeiro, mas também as necessidades específicas do motorista e as características do veículo.
Os
efeitos sazonais também exercem uma influência significativa sobre o
mercado de combustíveis, especialmente quando se trata do etanol.
Flutuações na produção agrícola, como variações climáticas e ciclos de
cultivo da cana-de-açúcar, podem
afetar diretamente a disponibilidade e os preços do combustível. Durante
períodos de entressafra, em que a produção de cana-de-açúcar diminui,
os preços tendem a subir devido à menor oferta.
Compreender os impactos ambientais, os custos econômicos e as implicações para a saúde pública de diferentes opções de combustível permite que os consumidores avaliem cuidadosamente as suas decisões de abastecimento, contribuindo para uma mobilidade mais sustentável e responsável. Essa conscientização influencia as escolhas individuais e promove uma mudança cultural em direção a um consumo mais consciente e orientado para o bem-estar coletivo.
Fonte: CDI Comunicação
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